http://brasilescola.uol.com.br/literatura/a-escrava-isaura.htm
Em
uma magnífica fazenda, no município de Campos de Goitacases, havia uma linda
jovem chamada Isaura.
De
uma beleza singular, Isaura possuía a pele branca, longos cabelos negros e
fortemente ondulados, porém era escrava, e esse fato fazia com que a moça,
frequentemente, entoasse tristes canções sobre o cativeiro.
A
mãe de Isaura, Juliana, era uma linda mulata, que logo foi alvo dos assédios de
seu proprietário, o Comendador Almeida. Entretanto, a pobre escrava não aceitou
as investidas de seu dono e foi vítima de duros trabalhos e castigos
constantes.
Todavia,
no meio de tanto sofrimento, recebeu Juliana ajuda do feitor Miguel, por quem
se apaixonou e deu à luz a uma linda criança: Isaura. Devido a todo o
sofrimento e duros trabalhos, Juliana morre, deixando a filha órfã.
Ao
ver a linda criança, a esposa do Comendador encantou-se e decidiu cuidar da
menina como se fosse sua filha. Deu-lhe educação, carinho, mas não alforriou a
jovem, com medo de perdê-la de vez. Sempre disse a Isaura que deixaria em seu
testamento uma cláusula em que libertaria a escrava.
O
comendador e sua esposa tinha um único filho, Leôncio. Um rapaz de gênio
difícil, acostumado a boa vida e a ter tudo que queria. Viu no casamento com
Malvina “o meio mais suave e natural de adquirir fortuna” e, por esse motivo,
casou-se rapidamente com ela.
Após
seu casamento com Malvina, vai morar na fazenda e lá passa a observar e cobiçar
Isaura. Tenta de todas as formas conquistar a jovem, porém sem sucesso algum.
A
mãe de Leôncio morre e Malvina passa a cobrar do marido que se faça cumprir o
último desejo de sua mãe, mas Leôncio está obcecado por Isaura e rejeita de
todas as formas desfazer-se da escrava.
Um
dia, o pai de Isaura, Miguel, aparece na fazenda com uma boa quantia em
dinheiro a fim de comprar a liberdade de sua filha, mas Leôncio se vale da
sorte, já que recebe a notícia da morte de seu pai, e cancela a venda da
escrava que tanto deseja.
Vendo
que não haveria saída, Miguel decide fugir com sua filha e vão para Recife,
onde mudam seus nomes, passando a chamarem-se Anselmo e Elvira, e tentam ter uma
vida bastante reclusa, longe da curiosidade da vizinhança. No entanto, a beleza
de Isaura jamais passaria despercebida, e o jovem Álvaro, “senhor de uma
fortuna de cerca de dois mil contos”, apaixona-se por Isaura desde o primeiro
momento em que a vê.
Enquanto
isso, Leôncio, inconformado com a fuga de Isaura, espalha panfletos por vários
jornais, oferecendo uma boa recompensa por informações acerca do paradeiro de sua
propriedade. E, graças a esses panfletos, Isaura é desmascarada na cidade e
devolvida ao seu senhor.
Já
na fazenda, Leôncio resolve, num último ato de crueldade, casar Isaura com o
jardineiro da fazenda, um homem de aspecto deformado e repulsivo. Acreditando
que jamais veria Álvaro novamente, Isaura aceita esse casamento.
No
momento em que todos estão reunidos para a celebração, aparece Álvaro. Ele logo
explica que dedicou todo o seu tempo para conseguir a liberdade de Isaura e,
para isso, decidiu investigar os negócios de Leôncio, descobrindo que o cruel
senhor possuía muitas dívidas. O jovem apaixonado comprou todos os créditos de
seu adversário e passou a ser o senhor de todas as propriedades de Leôncio,
incluindo Isaura. Diante da triste realidade em que se encontrava, Leôncio corre
para um quarto próximo e lá dá um tiro em sua cabeça.
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